Você sabia que o paraquedismo não se resume apenas ao salto tradicional? Este emocionante esporte oferece uma variedade de modalidades para todos os níveis de experiência e estilos. Desde a adrenalina do salto solo até as incríveis formações em grupo e as acrobacias no ar, há uma modalidade perfeita esperando por você. Venha conhecer todas as opções e encontre a que mais combina com o seu espírito aventureiro!
ASL - Accelerated Static Line
O programa ASL – Accelerated Static Line é um método utilizado na formação de atletas e também por militares, onde uma “fita” é ancorada no avião, e sua outra extremidade é ligada ao equipamento. Quando o aluno salta do avião, a fita se estica, destrava o equipamento e inicia o processo de abertura do paraquedas.
BASE Jumping
O Base Jumping é a modalidade do paraquedismo que se destina a todos os paraquedistas mais experientes e radicais. O objetivo principal é saltar de qualquer lugar, sendo que o tempo até ao impacto é extremamente curto. Isto significa que o tempo de reação é bastante reduzido e qualquer erro pode ser fatal. Os pontos de saída possíveis são os edifícios e construções mais comuns, como por exemplo os prédios, antenas, pontes, montanhas, entre outros.
Big Ways (Grandes Formações)
Os Big Ways nada mais são do que saltos com muitos paraquedistas no mesmo salto. São normalmente considerados Big Ways saltos com mais de 30 pessoas. Neste tipo de salto o objetivo não é necessariamente o número de pontos realizados, mas sim o número de pessoas no salto. Obviamente, quanto maior o número de pessoas no salto, maior a dificuldade em “chegar” na formação, como mantê-la estável.
O atual recorde mundial é um 246-Way (246 pessoas), realizado em Skydive Chicago, em 1998. Na realidade, uma formação com 297 pessoas já foi feita em Anapa (Russia) em 1996, mas por critérios específicos da FAI a formação não pode ser ratificada.
Pelos critérios da FAI, um recorde só é estabelecido se a formação for mantida por no mínimo 3 segundos, com o número de pessoas planejadas; como no caso da tentativa Russa a tentativa era de 302 pessoas e a maior formação estabelecida foi de 297 pessoas o recorde não foi oficializado.
Cross Country
Cross Country é uma modalidade normalmente praticada em dias de vento forte com o objetivo de cobrir a maior distância possível com o paraquedas aberto. O salto é feito com vento de cauda (empurrando o paraquedista) e o segredo está no cálculo correto do PS (ponto de saída da aeronave). Entram nas variantes deste cálculo a altitude da aeronave, a velocidade do vento, o planeio do velame e peso do atleta. Dependendo do vento durante um salto de Cross Country é possível percorrer dezenas de quilômetros e ainda atingir o alvo, ou seja, saltar em uma cidade e chegar em outra por exemplo.
Estilo
A modalidade Estilo em conjunto com a modalidade Precisão compõe as provas do Paraquedismo Clássico. Em geral, as provas clássicas são mais praticadas nas competições militares, uma vez que a precisão dos saltos é fundamental para a atuação das tropas de elite de qualquer força.
O Estilo é uma prova bastante técnica e realizada em queda livre. O paraquedista abandona a aeronave a sete mil pés de altura e inicia uma sequência de manobras com quatro curvas de 360º para ambos os lados e dois loopings.
Conhecida como “série de estilo” esta sequência de manobras é registrada por uma câmera de solo possibilitando o julgamento do atleta. O tempo que se demora a efetuar a série é registrado e os erros dos giros são transformados em acréscimo de segundos.
Ganha quem alcançar a menor média de tempo para fazer as sequências completas. No Estilo é necessário muita concentração, as disputas são bem acirradas pelos décimos de segundo.
Freefly
No Freefly você voa o seu corpo em três dimensões, ao contrario das modalidades tradicionais de queda livre em que se forma figuras em um plano chapado.
No freefly o paraquedista voa seu corpo de diferentes maneiras, como o head down (cabeça para baixo), sitfly (sentado), standup (de pé), backtrak (de dorso), bellyfly (de barriga para baixo) e qualquer outro tipo imaginável de vôo. Simplesmente não há limites no freefly, exceto os criados por você mesmo, pela gravidade, e claro, o chão).
O fato de voar em diferentes posições num mesmo salto envolvem cuidados diferentes, principalmente em relação à proximidade dos paraquedistas, já que as velocidades de queda num salto desse tipo podem variar de 150Km/h a quase 400Km/h e colisões nessas velocidades podem ser perigosas.
O aprendizado do freefly requer uma progressão lógica. Deve-se primeiro entender como voar seu corpo em posições cujas velocidades de queda sejam mais lentas e só então deve-se mudar para as mais rápidas (o head down, por exemplo).
Ao aprender a controlar a velocidade, direção e proximidade nos saltos mais lentos desenvolve-se automaticamente as reações e a percepção de distâncias, que são pré-requisitos para poder saltar com grupos maiores.
Freestyle (Estilo Livre)
O Freestyle nasceu com a evolução das habilidades e conhecimentos das técnicas de vôo em queda livre. Os atletas saltam em duplas optando por um tipo de queda livre em que o controle dos giros e das posições dão origem a sequências similares as da ginástica acrobática ou olímpica e dos saltos ornamentais.
Equilibrar-se e ter controle nas mais variadas posições do corpo exigem bastante treinamento. O uso do vídeo também esta presente nesta modalidade, mas agora não somente para registrar um salto para julgamento, mas sim para o cameraman interagir com o freestyler na sequência de manobras, sendo também julgado pela qualidade artística da filmagem. O freestyle é um maravilhoso ballet aéreo.
Skysurf
O Skysurf é uma modalidade do paraquedismo disputada em equipes, com cada equipe constituída por dois atletas: o skysurfer e um câmera (camera flyer).
O skysurfer salta com uma prancha especial na qual ele desliza e faz movimentos de giro e rotação, ou seja, ele surfa o céu. Já o câmera grava a performance do skysurfer em uma câmera de vídeo montada em seu capacete, mas também contribui com sua performance artística e com sua habilidades de vôo, computando pontos individuais e influindo na pontuação da equipe.
É, junto com o freefly, um vídeo-esporte, já que a filmagem influi na pontuação do time.
Swooping (Pousos de Alta Performance)
Paraquedistas experientes realizam pousos de alta performance com os paraquedas mais velozes da atualidade. O Swooping é dividido em várias categorias e consiste basicamente em planar o paraquedas em alta velocidade horizontal, percorrendo um corredor delimitado por blades (bandeiras).
O Swooping é a modalidade que mais atrai o público por estar ao alcance dos olhos e também pela habilidade dos pilotos.
Tandem (Salto Duplo)
Qualquer pessoa pode desfrutar dos prazeres da queda livre caindo na carona de um experiente paraquedista por 45 segundos. O salto duplo é extremamente seguro, dispensa a necessidade de fazer um curso de paraquedismo e após um rápido briefing, o passageiro já pode voar.
Para os iniciantes do paraquedismo, o salto duplo pode ser um excelente meio de adaptação, funcionando como o começo de uma progressão no esporte.
TR - Trabalho Relativo / FQL - Formações em Queda Livre
Trabalho Relativo (Formações em Queda Livre) é a modalidade mais praticada no paraquedismo e também a mais popular, apesar do espantoso crescimento do Freefly. A modalidade é dividida em diferentes categorias: 2-way, 4-way, 8-way e 16-way (onde o número representa a quantidade de pessoas quem participam do salto). Os times são formados pelos paraquedistas que fazem as formações mais um Camera Flyer que registra o salto.
O objetivo num salto de TR é fazer o maior número possível de formações, escolhidas aleatoriamente entre uma relação de figuras (pool), onde cada formação executada por completo vale um ponto. A contagem dos pontos é feita a partir da saída do avião. As equipes de 2-way e 4-way têm 35 segundos, enquanto as equipes de 8-way e 16-way têm 50 segundos.
TRV - Trabalho Relativo com Velames
O Trabalho Relativo de Velames pode ser descrito como a manobra intencional de dois ou mais velames em proximidade ou o contato entre eles durante a descida. A manobra mais comum no TRV é o hooking de dois velames, um abaixo do outro. Esta formação conhecida como stack (pilha) ou plane (a diferença entre um stack ou plane é a posição do grip no outro velame) é a mais comum.
Existem 2 tipos principais de formações no TRV:
Vertical: Os velames ficam um abaixo do outro (stack ou plane) e todos o grips são feitos na célula central;
Off-set: Uma ou mais docagens do mesmo velame e grips nas células das pontas (end-cells). As formações desse tipo incluem “diamonds, boxes e stair-steps”.
Uma das características intrínsecas do TRV e que afugenta até mesmo paraquedistas experientes, praticantes de outras modalidades, é a possibilidade de um enrosco (wrap) entre os velames, situação relativamente comum na modalidade e que pode ser extremamente perigosa se ocorrer em baixa altura.
Wingsuit
No Wingsuit o grande atrativo é a velocidade horizontal. O objetivo aqui é curtir muito o vôo percorrendo a maior distância possível em queda livre. Para que isso seja possível, os saltos são praticados com macacões próprios para possibilitar este deslocamento horizontal, já que possuem asas que se inflam com o vento entre os braços e o tronco e entre as pernas.
Esta grande área permite os deslocamentos horizontais de até 160 quilômetros por hora com uma razão bem menor de descida, o que faz a queda livre chegar a quase dois minutos.
Por ser a modalidade mais nova do paraquedismo, ainda é a menos praticada no Brasil, mas promete pegar pela grande emoção descrita pelos que já experimentaram.